quinta-feira, 23 de abril de 2009

Um relato da minha experiência como educador

Comecei minha carreira docente trabalhando com alunos da 2ª série, quando lecionei por três anos. Vivenciei muitas experiências nesse período. Olhando pela ótica atual pude analisar que cometi alguns equívocos, já que nessa época, a escola era mais tradicional e não conhecíamos as concepções de hoje. Também tive muitas dificuldades para controlar os alunos; aspectos da afetividade e da autonomia ainda precisavam serem desenvolvidos na minha prática. Quando mudei da cidade que morava tive a oportunidade de trabalhar com ginásio (5ª a 8ª série) na disciplina de Língua Portuguesa. Esse novo momento foi muito importante para mim, porque instigou-me a estudar com mais profundidade a língua a fim de transmitir aos meus alunos. À medida que me aprofundava nos estudos mais interessado ficava; daí surgiu a necessidade de fazer um curso superior, assim fiz o vestibular para Letras na UNEB, passando em 20º lugar. Foi sensacional! Mais tarde fui convidado a dar aulas no Ensino Médio, no qual estou trabalhando atualmente, agora como professor concursado. Particularmente gosto muito de trabalhar com alunos desse nível, uma vez que em sua maioria já detém um conhecimento de mundo mais desenvolvido, portanto facilita o trabalho do professor. Já no Ensino Fundamental, prefiro trabalhar com EJA – Educação de Jovens e adultos. Mas como educador sou consciente de que tenho que estar preparado para encarar qualquer série, dentro da minha especialização, as dificuldades em uma outra série podem constituir em desafios, os quais preciso superar. Contudo, como profissional, não poderia deixar de mencionar as dificuldades econômicas que o docente enfrenta. No meu caso não foram poucas. Os salários percebidos eram muito irrisórios. Às vezes para ganhar um pouco mais tínhamos que extrapolar a nossa carga horária. Mas, graças a Deus e a educação vem mudando. É preciso que nós educadores continuemos acreditando na educação; não numa educação do vale tudo ou da permissividade, mas numa educação que possa mudar o cidadão, de fato, contribuindo, assim, para uma sociedade mais justa e igualitária.

3 comentários:

  1. Rubem, eu também gosto de trabalhar com a modalidade Ensino Médio. Além disso, se eu tiver oportunidade, quero trabalhar com EJA, pois, perece-me algo muito frutífero.
    Parabéns pelo seu memorial que mostra o pprofissional compromissado e amoroso que é.
    Um abraço!

    Luzia

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  2. Oi Rubem, trabalhar com o ensino médio propicia ao professor/educador uma oportunidade de ouro para aprender, uma vez que o nível de exigência é muito maior e so se consegue ensinar aquilo que se aprende. é importante essa consciencia profissional que voce demonstra quiçá todos os outros professores tivessem essa mesma atitude. Abraços Absmael 09/07/2009.

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  3. Olá Rubem,
    Realmente o educador precisa acreditar no poder transformador da educação se quiser fazer parte da luta por um mundo melhor, onde as pessoas são reconhecidas pelo que são e não pelo que possuem.

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